Pesquisar

19/04/2017

Polícia faz operação no Dendê mas não prende Guarabu

Chefão do Dendê é muito bem informado e ensaboado.


Agentes da Subsecretaria de Inteligência e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), que é uma Polícia do Ministério Público (MPRJ), realizaram na manhã desta quarta-feira (19), uma operação no Morro do Dendê, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio.

A finalidade era de cumprir 22 mandados de prisão preventiva, expedidos pela Justiça. Entre eles estão os nomes dos traficantes Fernando Gomes Freitas, o Fernandinho Guarabu; Gilberto Coelho de Oliveira, o Gil e do ex-policial Antonio Eugênio de Souza Freitas, o Batoré.


Gil é sócio de Fernandinho, no tráfico de drogas e em outros negócios ilícitos.

Pelo menos 15 das 22 pessoas já foram presas. A quadrilha que atua no Dendê e é oriunda da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP), age também como uma espécie de Milícia.

Milicianos traficantes

O bando além de traficar vários tipos de entorpecentes, também extorquia motoristas de Kombis e Vans. A alegação era de que eles dariam proteção contra assaltos sequestros e incêndios nos veículos, mas na verdade, era apenas uma forma de explorar os motoristas.

Batoré

Batoré foi expulso da Polícia Militar em 2005, após ser condenado pela venda de armas a quadrilha do Dendê. Ele é o responsável direto pela arrecadação do dinheiro das Vans.

Em 18 de agosto de 2014, um motorista de Kombi que avia se recusado a pagar a tal taxa de incêndio, teve seu veículo incendiado em frente ao Shopping Ilha Plaza, como uma forma de "aviso". O responsável pelo crime, foi Antonio Eugênio.

O grupo não pegava dinheiro apenas dos veículos de transporte alternativo que circulavam na região abrangida pela facção, os bandidos exploravam outras linhas oriundas do Centro da Cidade (Zumbi/Candelária e Bananal /Castelo), gerenciadas por Carlos Alberto Junior, O Metal, Morto em uma troca de tiros no dia 17 de Janeiro.

Ao longo de 2014 até outubro de 2015, o grupo de Batoré utilizou a Cooperativa Shalon Fiel, como fachada e com isso, arrancava dinheiro de cerca de 500 cooperados. Em novembro daquele ano, após a apreensão de diversos documentos, a DRACO-IE acabou com a farra da Cooperativa.

Segundo a investigação, chega a ser arrecadado semanalmente pelo bando, cerca de R$ 300 por Kombi e R$ 350 por Van, chegando ao valor de R$ 27 milhões, só nos últimos três anos. 

O Ministério Público pediu o sequestro dos bens dos 22 investigados, que vão responder por crimes variáveis, como tráfico e associação para o mesmo, extorsão e lavagem de dinheiro. 

Tráfico de drogas e exploração de transportes alternativos, são apenas alguns dos crimes financeiros cometidos pela quadrilha, já que, a venda de Botijões de Gás de Cozinha, instalação de TV à Cabo (Gato-Net), venda de produtos roubados entre outras irregularidades, ocorrem totalmente livres no reduto dos bandidões do TCP, da Ilha e tudo isso tem renda financeira para a quadrilha.

Guarabu é o bandido que está há mais tempo em liberdade.  Ele é muito escorregadio e todas as vezes que a Polícia tenta colocar as mãos nele, o criminoso escapa. Ele é o alvo número um da operação e o mais procurado do Estado.

O Disque-Denúncia anunciou nesta quarta que aumentou de R$ 10 mil para R$ 30 mil a recompensa por informações que levem a prisão dele.

A quadrilha pagava propina para vários policiais do 17º BPM (Ilha), para poder agir sem ser incomodada.

Estamos atentos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

OS COMENTÁRIOS NÃO SERÃO APAGADOS.
Você pode comentar como e o que quiser. Porém, sugiro que comente com responsabilidade.