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21/04/2020

Traficante Sapinho da Providência (CV) morre no Presídio

Um dos traficantes mais antigos do Rio de Janeiro, morreu na tarde desta segunda-feira (20).

Sapinho da Providência e Dão da Providência

Leonardo Marques da silva, de 49 anos, mais conhecido como "Sapinho da Provi", estava cumprindo pena no Instituto Penal Vicente Piragibe, no Complexo Gericinó, na Zona Oeste do Rio.

De acordo com a Secretaria de Administração de Penitenciária (SEAP), Leonardo sofreu um ataque cardíaco, durante uma atividade recreativa no presídio de Bangu.

Sapinho estava jogando futebol, quando infartou e ainda seguindo explicações da Seap, o preso foi socorrido para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que funciona dentro do Instituto Prisional, mas já chegou sem vida ao local.

História do Sapinho da Providência

Sapinho foi preso em 14/11/2004. Na época, o criminoso foi capturado quando estava internado em um hospital particular na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. Usando um nome falso - Udson Ferreira da Silva, ele estava se recuperando de uma cirurgia no abdômen. 

O traficante tinha tomado um tiro durante um tiroteio com policiais do 5º BPM (Praça da Harmonia), quando rolava uma operação policial no Morro da Providência. Na ocasião, a operação começou por volta de 23:00h de sábado daquela semana e só acabou no domingo, às 6:30.

À frnte, Zona Portuária do Rio de Janeiro, ao Fundo, o Morro da Providência

Desde a época citada acima Sapinho da Provi estava preso. Após sua captura seu irmão Evanilson Marques da Silva, O Dão da Providência, assumiu a frente dos negócios ilícitos da quadrilha, que é o braço forte da facção criminosa Comando Vermelho (CV), no Centro do Rio. Dão, que está foragido da Justiça há anos, continua comandando o Morro da Providência.

Mesmo passando do regime fechado para o regime semiaberto em outubro de 2019, Sapinho da Provi não recebeu autorização da Justiça para sair da unidade durante o dia. Nem para trabalhar, tampouco visitar sua família. Ele cumpria condenação de 40 anos de prisão por diversos crimes. Entre eles, o tráfico de entorpecentes.

Este já é o segundo chefão de favelas do CV que morre dentro de um presídio, durante o período da Covid-19, o Coronavírus, mas nenhum deles foi diagnosticado com a doença em questão. Só para deixar registrado, o primeiro foi o traficante Mica da Penha.

Por conta do Coronavírus os presos estão sem poder receber visitas de parentes e advogados.

Estranhamente, sem poder se comunicar pessoalmente com as únicas pessoas que verdadeiramente os protegeriam, denunciando e ou lutando contra possíveis atrocidades no sistema prisional, os presos estão sendo encontrados mortos na cela ou morrendo de repente com ataque do coração.

Vamos aguardar para ver se a conta vai fechar nisso mesmo ou se ainda acontecerão mais mortes que no mínimo, podemos chamar de estranhas.

O Comércio, que na Provi não obedece às ordens das autoridades para manter as portas fechadas para evitar o contágio de pessoas durante a pandemia da Covid-19, desta vez teve que se manter fechado, por ordens do tráfico de drogas local. Em um gesto de luto ao agora falecido chefe do tráfico na Providência.

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