O Fundador do CV, morava na Zona Sul do Rio.
Como é sabido por muitos, o Comando Vermelho (CV), foi criada por volta de 1979, no presídio Cândido Mendes, na Ilha Grande e no início, era chamado de Falange Vermelha.
Muitas pessoas - principalmente traficantes - só se lembram de Rogério Lemgruber, quando se fala da criação da maior facção criminosa do Rio de Janeiro. Mas, assim como uma empresa ou um partido político, uma organização criminosa também precisa de mais de uma pessoa para criar e colocá-la em prática.
William da Silva Lima, conhecido como "Professor", fundou a Falange Vermelha juntamente com Rogério Lemgruber, o "RL" e outros presos comuns e políticos, que se opuseram às regras da época da Ditadura Militar.
William "Professor", lançou o livro "400 x 1", lançado pela ANF e transformado em filme em 2010 |
Professor, morreu na madrugada da última quarta-feira (31-07-2019), aos 76 anos, após sofrer um infarte na casa onde morava com sua família, no bairro Flamengo, na Zona Sul do Rio.
Na tarde desta quinta-feira (01-08-19), o corpo de William da Silva foi enterrado no Cemitério São João Batista, em Botafogo, também na Zona Sul Carioca.
Apesar da criação de uma facção tão criminosa quanto é nos dias de hoje, Professor não era um dos mais sanguinários de Cândido Mendes. Ele era um representante dos presos.
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William redigia petições para os presos e escrevia cartas para as autoridades. Ele escreveu o livro "400 x 1 - Uma história do Comando Vermelho". Onde conta sobre o surgimento da facção. Lançado pela editora ANF (Agência Nacional das Favelas) Produções, a história contada em um livro , foi transformada em filme no ano de 2010.
Quando foi criada, a Organização tinha como objetivo, criar leis de convivência no regime carcerário, criar um código de conduta e pedir respeito ao preso. - palavras ditas pelo próprio Professor. Ele contava que, naquela época, um preso desrespeitava o outro. Ocorriam estupros de a um pai de família, roubos de pertences de detentos; quando os mesmos recebiam algo trazido por seus familiares, sempre vinha um mais espertinho e pegava. Isso acabou ou diminuiu, após a implementação das 'leis' ditadas pela Falange.
O livro "400 contra um" é uma referência ao cerco policial que resultou na morte do assaltante José Jorge Saldanha, o Zé Bigode, na década de 80, na Ilha do governador. Na ocasião, foi um tremendo salseiro; 12 horas de tiroteio, onde foram utilizados cerca de quatrocentos policiais.
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