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15/12/2018

Caso Marielle aponta vereador do PHS como Suspeito e desaponta Marcelo Freixo

As investigações sobre o caso Marielle, parecem um tremendo  angu, cheio de caroços.

Quem entende pelo menos o um pouco sobre comida e já fez ou viu alguém fazendo angu, sabe que se não conduzirmos desde o início o cosimento do fubá, mexendo constantemente e de forma correta; entre outras coisas, o alimento acaba encaroçando e ficando de uma certa forma, ruim de ser engolido.

Bom, eu já vou explicar.

Já se passaram nove meses, desde o assassinato de Marielle e Anderson.
O caso das mortes da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes, está bem parecido com um 'angu de caroço'. A expressão é muitas vezes usada como referência a algo que nunca está bem esclarecido e que sempre deixa a gente desconfiado (a) com a versão dada por alguém, quando conta alguma história. Verdadeira ou não.

Siciliano teve seus cinco celulares apreendidos.
Na manhã de ontem, sexta-feira (14/12/2018), o vereador Marcelo Siciliano (PHS) foi até a Delegacia do Meio Ambiente, para prestar novo depoimento sobre o caso. Ele demorou cerca de quatro horas para sair da DP.

A demora se deu por conta de um impasse entre Polícia Civil e o político. Ele foi solicitado à entregar seu celular, mas se negou.

O delegado e o advogado do parlamentar, levaram duas horas para convencer Siciliano que, enfim, entendeu que o mandado de busca e apreensão expedido contra ele exigia o recolhimento de seus celulares.

O vereador foi acusado de ser o mandante do crime, juntamente com o miliciano Orlando Curicica (preso), que por sua vez também o acusou de envolvimento no crime.

Além de recolher cinco celulares de Siciliano, a Polícia e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), também apreenderam computadores, tablets documentos, arquivos de mídia com HD externo, um cofre e o celular da esposa do vereador. O mandado foi cumprido em seu gabinete, na Assembléia Legislativa do Rio (ALERJ) e em seu apartamento na Barra da Tijuca.

Essas apreensões, nos levam à acreditar que se o parlamentar tiver algo que o ligue às morte de Marielle e Anderson, ele não escapará de ser descoberto e que, o inquérito, está faltando bem pouco para ser resolvido.

Só que, mesmo com todo o esforço das autoridades ou de parte delas, em resolver o caso, já se passaram 9 meses e nunca chega em um final 'feliz'. A Polícia não diz quem foi o executor ou os executores da vereadora e de seu motorista e tampouco revela o mandante de uma vez. O que agora, nos faz achar que não vai acabar nunca, essa investigação.

Totalmente descontente com a situação, o deputado Mrcelo Freixo, do PSOL, criticou a declaração do secretário de Segurança, general Richard Nunes, de que a motivação da morte da parlamentar envolve disputa por terras.

Segundo o secretário, Marielle estaria se metendo e atrapalhando os planos de grilagem de terras (falsificação de documentos de terras) de um grupo de milicianos da Zona Oeste do Rio.

"ela estava lidando em determinada área do Rio, controlada por milicianos, onde interesses econômicos de toda ordem são colocados em jogo", disse Nunes.

Freixo em meio as críticas ao secretário, disse que as frases ditas por Richard Nunes, têm que ser acompanhadas de provas.
"É lógico que ela provocou um descontentamento em alguém, ela foi brutalmente assassinada, mas não vejo ligação (com grilagem), mas isso quem tem que dizer são as investigações. Tudo pode ter acontecido mas enquanto não soubermos o que aconteceu ficaremos só na especulação", falou Freixo.

O deputado comentou também sobre a tramoia para matá-lo, que foi descoberta pela Polícia. Segundo o plano, era para assassiná-lo neste sábado, quando ele tinha um compromisso em Campo Grande, na Zona Oeste.

Freixo fez críticas ao secretário de segurança do Rio.

O parlamentar falou que sua escolta não é privilégio.

"Não tem a menor chance de eu ficar sem segurança. Se tinham dúvidas esse episódio tira qualquer uma". afirmou.

Se você chegou até aqui, você já entendeu o porquê de eu ter chamado este caso de "angu cheio de caroços". Por mais que mexam sempre embola e continua tudo da mesma forma ou até pior.

As autoridades apontam um possível culpado ou um "quase lá", mas nunca dizem é esse.


Vamos esperar sair o resultado das análises nas placas mãe dos aparelhos, para quem sabe eles (autoridades do Rio), passarem para a população uma verdadeira e satisfatória, resposta.

Estamos atentos.

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